IMUNDO
a américa da morte
condena a américa canibal
e a américa do nu
a serem a américa latrina
os estados munidos
e a montanha russa
dividiam o imundo
numa guerra gelada
com a globarbarização
a pena capital alastrou
pânico e terror
no lugar de paz e amor
nas ruas
perfilados
cantamos o hino sanduíche de gente
cegos no refrão
eu prefiro ser um big mico ambulante
a ira do bush de canhão
enfrenta a fúria
dos encolhidos por alá, por ali, por acolá
de que laden estão?
de que laden estão?
a azia se ocidenta
(ou se acidenta?)
ao invés de se orientar
a egoropa
vive em um barril
de pólvora
o g-7
gangue dos sete maiores ladrões
senta nos estoques de comida
enquanto a aflita
morre de fome
a fortuna do imundo está concentrada
em bancos suínos e paraísos artificiais
numa banheira cheia de grana
a turma de brás cubas deita e rola
quando levanta
enrola
sem pão
e no papel de palhaço de circo
o povo come grama e filé miau
debaixo da mesa do banquete
para não fazer barulho
* Marcos Fabrício
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