República do Pensamento

AMOR E CIDADE

I
No frêmito louco dos passos
A cidade gira num catar constante
Seu tempo são muitos

Reverencio o movimento parado
Não há em parte alguma paz
Somos demais e nos debatemos todos

No passado poucos, agora pragas
Quem em sã inconsciência pode ver
Grita louco por não suportar


II
O silêncio das variações imaginárias
Finda na espera da razão segura
A instantes de se perder, espera

Os amantes estão todos ali, seguros de si
De suas falsas convicções capitais
Me fala seu falso pudor

A que mais jura seu amor
Não exprime em desejo
Suas falas apaixonadas.


* Gustavo Lucas