República do Pensamento

CHORÃO E CHORINHO

quando menino
chorava que nem trovão
os olhos de tão vermelhos
queimavam
o rosto de tão ofendido
ficava maltratado

hoje mais velho
choro que nem garoa
os olhos de tanto ver
recebem um refresco
o rosto de tanto viver
é bem lavado

* Marcos Fabrício