ESTRADA FINAL DA ESTRADA
para Marcos Fabrício
decaído o poeta chora a obrigação
de ganhar o pão além demais da realização
de migrar em conexão instável
o máximo de sonhos para o cofre da imaginação
levo no peito o total
elevado na leveza de ser 'real'
e trago guardada a força de errar
para não esquecer a lição
aprender com os erros é bordão
realizar com as mãos o que os pés jamais farão
porque quem só vive 'na luta'
vai aonde não quer para fazer pose de endinheirado
o que vale na vida é encontrar
antes do final da estrada
o final da estrada
* Gustavo Lucas
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