República do Pensamento

O APRESSADINHO E O DEVAGAR
a Martinho da Vila


É apressar, é apressar,
é apressar, é apressar, apressadinho.
É apressar, é apressar,
é apressar, é apressar, apressadinho.


Apressadinho você não vai chegar lá.
Antes leva um escorregão e vai logo se estrepar.
E se estrepando come cru e aflito,
já que o prato bem cozido é do sujeito devagar.


Se devorar, se devorar,
se devovar, se devorar, é devorado.
Se devorar, se devorar,
Se devorar, se devorar, é devorado.


O cara apressado precisa saber degustar
Pois querendo tudo engolir
Se esquece de bem mastigar
Foi parar no hospital
De tanto se atropelar
Agora quem cuida dele
É o sujeito devagar


É devagar, é devagar,
é devagar, é devagar, devagarinho.
É devagar, é devagar,
é devagar, é devagar, devagarinho.


* Marcos Fabrício