República do Pensamento

SEU MOLEJO

Seu molejo era,
uma quimera.
não me pergunte como suportei alguns minutos
sem rifar do ar alguns instantes de oxigênio.

Seu requebro era,
uma atmosfera de desejo.
mas sequer esbocei reação - ainda almejo -
ou algo que a desviasse dos círculos em que me enredava,
dos ciclos que me moldavam às suas curvas.

Alvo era seu gracejo,
moreno, indígena, arabesco.
me vi então alvo de sua visão,
parede de seu afresco,
novo em admiração.
Nababesco, habib,grão-vizir, sultão.
Solidão.
* Luiz Cláudio Pimentel