distintos, distantes, descrentes
o tempo é medida sem precisão
não estima o medo, a solidão oposta pelo vértice
não exuma o lado oposto pelos cálices,
não esconde o lodo levantado pelas hélices da crise.
o tempo é medida sem tamanho
não estima a passagem, a amplitude mediana,
não lastima a altitude, não a concebe insana
não pondera os tolos abestalhados pelas pontes derrubadas.
não creio no tempo, vivo cada instante seu intenso,
penso, não creio como o fim, mas sim como tempos que começo a entender,
que são intensamente extensos, inefáveis, completos infinitos.
* Luiz Cláudio Pimentel
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