República do Pensamento

Em dependência
para alguém que leia e mereça

Tentei declarar, convencer, analisar
Mas estou dependente, sem ar.
Nada condizente comigo, somente com você, morena.

Pequena obra divina,
fascina e me rende,
me prende, assassina do mal em mim

Não faça assim, que me desprendo
e não me contendo, irei

Pra onde? Pras tuas idas irei,
pra onde mais, de qual jeito? Saberei.
Nas ondas de teu sorriso
Escorrego e não nego,
pronto permanecerei.

Rainha definitiva de um breve instante,
põe teu arfante peito próximo do meu,
que eu me deixarei.
Aqui, ao lado de teu viciante olhar sereno.

* Luiz Cláudio Pimentel