TRABALHO DO CÃO
No primeiro dia da criação,
furei a fila
e entrei de penetra na festa do Divino.
Ele me deu um tapinha nas costas
como se eu fosse um velho conhecido.
De quebra, o Sangue Bom me ofereceu uma viagem para Terra.
Aceitei no ato. Embarquei na primeira cegonha.
Cá estou por essas bandas
há tempos quebrando a cabeça
para aprender a jogar
com essa bola quadrada chamada vida.
Dá um trabalho do cão.
* Marcos Fabrício
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