FELICIDADE INTERNA BRUTA
A árvore vista pelos sábios
é um achado
em meio aos perdidos urbanos.
A árvore dos tolos
não se espanta com o machado.
Criança tem visão dançarina,
já que o mundo para ela se faz roda,
roda de brincar
sem intervalo comercial.
Adulto prefere ter foco,
moldura no olhar,
para tomar posse do que foi apreendido
Fazer nada é TUDO DE BOM!
Saboreio o banal crocante
enquanto é anunciado como novidade
O FATAL CHOCANTE!
Na tela cor de sangue,
oxigênio zero.
Corda no pescoço
porque o colar é pra poucos.
Descubro meus destinos
sabendo de minhas origens.
Os olhos têm inveja da boca.
Amor: horizonte da dor.
Filosofar é o moleque
mandando recado para o senhor.
Quero assobiar no meio do concerto
para o meio-dia se tornar uma melodia lunar.
MATA-BUZINA, DE GRACA!
MATA-BUZINA, DE GRAÇA!
Carinho cifrado não tem a ver com carinho em cifras.
O consciente está para a cabeça
assim como o inconsciente,
para o corpo.
Pingo talento polêmico nas minhas vistas.
Túmulos são canteiros. Os cadáveres, sementes.
Máquina síntese não faz fotossíntese.
Diminuo as ferramentas para somar brinquedos.
O demônio da teoria torna a prática angelical.
Sou copo com sede de sua saliva.
Molho a palavra de quem bebe em mim.
* Marcos Fabrício
<< Página inicial