República do Pensamento

PAIXONITE

Quem me enfeitiçou
Não queria fazê-lo
Como culpa-la

Ouso dizer que estou sereno
Deixo o sentir para ela
Não mais a autotortura

Uma carta é de bom grado
Quando pulsa a paixão
Sem coisas ao meio

Normalmente sua beleza constante
Sai de casa e visita meus sonhos
Mais vindo que indo

Da imaginação a patologia se torna evidente
Diagnosticada pela repetição do querer
Um dia se tornam todos os dias

Abalado e atormentado, esperando...
Doente de paixão, esperando...
A cura pelos sonhos.


* Gustavo Lucas