República do Pensamento

A tentativa geral de entendimento


Não quis colocar tudo a perder
Não quis flertar com a vida de nenhuma
Não desejei ser "palha de palhaço" ou "aço de pluma",


Acontece que um defeito me persegue
E consegue por vezes se instalar,
Apetece ser insistente,
e começa a me falar:


"uma tentativa, ou quatrocentos e noventa,
porquê não tenta, uma vez mais,
dar ao tapa a face que se arrebenta,
se fingir de bom rapaz?"


"nova assertiva, que se escolhe ou se implanta,
porquê não enfrenta, meu rapaz,
ser garapa da cana que se quebranta,
ser zero ou 100 , tanto faz?"


Talvez fiz mais por errar que por fazer
Não quis implodir com a vida de duas, talvez três
Não me apliquei em ser cara de pau, talvez de aço
Não desejei ser o senhor da vez, espuma de estilhaço.


Acontece que um defeito me persegue
E consegue por vezes se instalar,
Apetece ser insistente,
e começa a me falar:


"uma tentativa, ou quatrocentos e noventa,
porquê não tenta, uma vez mais,
dar ao tapa a face que se arrebenta,
se fingir de bom rapaz?"


"nova assertiva, que se escolhe ou se implanta,
porquê não enfrenta, meu rapaz,
ser garapa da cana que se quebranta,
ser zero ou sem, tanto faz?"
 
* Luiz Cláudio Pimentel