República do Pensamento

Os ateus me provocam cócegas
Cutuco as asas de deus
Que ri à toa
Com o diabo no corpo
O preço do apreço
Não cabe no peso
Da jura dos juros
Vaca não tem dente de leite
Mula sem cabeça tem coração
Boi no pasto não vegeta
Nenhum é nome de gente moeda
Algum pega me atrapalha o sono
Acordo ninando seu pijama
Você já tomou o meu café
E com fé se mandou
Duvidando de mim
Amor só existe em novela
Filme de terror
Sou eu dividida em partes
Espalhadas no teu caminho
Rumo ao pão duro de cada dia
À noite
Quando quiseres saber da fase da lua
Estarei nua
Escrita nas estrelas
Rasurando o teu centro de gravidade


* Marcos Fabrício