República do Pensamento

VINHA DE LÁ

e vinha de lá a moça elegante adentrando a porta e passando com a bunda por mim. sem nada debaixo do vestido. fui de fato apressado no sentimento. lugar nenhum era de fato o lar. a cabeça estava negra. eriçada. não havia notado a falta da peça íntima que cobre o lugar do alvo. murchou a sensação dos meus dentes arrancando o objeto venerado. eroestilizado. momento de passar um dia ao lado de sua nádega esquerda. passar óleo nela. usar néctar de jasmim no teu rosto. fazer cafuné preso aos cabelos encaracolados de tua face rosada. bye-bye gostosa. aproveita que é dia e vaza. não é o bastante pra vc me ver assim tão desestruturado. tão sem dilemas existenciais. fechado em vc querendo que eu te ature mais. que eu te veja aqui qdo o sol nascer. é o fim. não há mais emoção depois disso. o que rolou? vc ainda tem coragem de perguntar uma merda dessas. ai como amo as vagabundas. pq moças como vc não tem pudor nem ética. é meterola frenética e sempre "inusitada". queria o quê de mim além do infinito amor que almejava lhe dar? essa falta tua. incapaz. vida enxergada sem mto foco. destilado ficou o seu destino com o meu. faz crer na certeza da verdade etílica. por isso bebo e jogo este copo de cerveja na tua cara. por vc me enganar, ingrata.


* Gustavo Footloose.com.br