Ki-suco com Balalaika

Esvazio-me com peito aberto. A cor da lua descobre a vida. Casa de cachorro é lucro pra marceneiro. Três dias somente para segunda-feira. Era de se esperar que essas palavras valessem um pouco mais. É economicamente inviável a viagem ao abismo. Disse um poeta amigo que nunca muro sempre ponte. A ponte por cima do abismo está em reforma.

Você sabia que os dentes do leão são quase sempre caninos. Que o carro da pessoa estressada pifa 50% mais do que a do cidadão calmo. Dentre todas as espécies de plantas gminospesmas, a dicotiledônia é a mais rizoma da biologia vegetal. Que basta para que se tenha um espumante gostoso, um saquinho de Ki-suco e um litro de vodka Balalaika.

O mundo está repleto de espelhos. Em um deles é possível encontrar sua face babaca estampada. O reflexo da coruja no espelho do banheiro é um pênis torto dentro da vulga amiga. Não há apenas duas espécies de golfinhos de água doce. Há um boto bípede. Ele mora em Abaeté. Também conheço goiaba que não dá em árvore, mas isso é outro papo.

A desconexão em que se dão os fatos da vida. Está toda resumida acima. Outro amigo poeta escatológico, diz que tudo é uma merda. Concordo, merda é um conceito tão amplo que ele tem toda razão. Tudo é uma merda quando você é um merda. Acaso passe ali ao lado da fossa, respire fundo. Tem dia que não agüento me ouvir no espelho.


* Gustavo Footloose.com.br