República do Pensamento

VOCÊ ME JANTA, EU TE ALMOÇO


Me perco na dança das tuas cadeiras
Fico sem pé de mesa
A estante desaba
A pintura sai do quadro
Haja lenha pra tanto fogo

Que todo frio fique na geladeira
Desligo a TV
Me ligo em você
No sofá
Voamos no tapete mágico do amor
A gente passa do chão
Subo nas paredes
Tiro o seu teto
Não há cômodo que nos acomode
Portas viram janelas
Revolução dos lençóis
Você me janta
E eu te almoço
Amanhã
Um café pra nós dois


* Marcos Fabrício