República do Pensamento

ENGENHOSO

Ai, meu Deus!
Se eu pudesse dela ter
Um louco remédio para esquecer
Aquilo que não se pode ver
Um suspiro de quem não pode ser
Um mero poder
Do devaneio daquele que ainda não sabe viver

Ai, meu Deus!
Tira essa dor que irrita
De um pensamento de implica
Em um fundamento que incita
A cura dessa dor “mardita”
Querendo um gemido que excita
A lacuna desse medo de quem não se arrisca

Ai, meu Deus!
Nesse mundo jocoso
Meu verbo estrondoso
Deixados nesses versos em gozo
Com um olhar sobre a vida tão moço
Nesse tempo tão ardiloso
Articulado em um rimar espantoso

* Alexandre Henrique