Desejo
Quero falar o quanto eu amo
Nos ouvidos mais bucólicos
Quero beijar outros lábios
Da boca que considerar cândida
Quero abraçar e aquecer por um momento
Num aconchego que seja eterno
Quero abrir as portas da minha vida
Para os braços acolhedores que me assistem
Quero falar dos olhos que eu sempre vejo
E neles enxergar o infinito exuberante, caótico
Quero andar de mão dada
Com aquela que se faz porto seguro
Quero proteger o mundo que nos envolve
Para que a dúvida não se sinta dona de nós
Quero ver um riso alvo
Para que tão alva seja a intenção
Quero me refazer imperfeito
E assim obter um cuidado, sim, perfeito
Quero me deitar na cama arfante
Por tê-la exortado com todo o meu desejo
* Alexandre Henrique
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