República do Pensamento

CORREÇÃO LITERÁRIA



quando escrevo
não me passo a limpo
acabo me sujando de tinta
manchado pela lama viva
do real encardido
vou ficando lambrecado
que nem porco rolando
em seu chiqueiro-pasto
convido para dançar as bactérias
e o vírus me visitam
levando de mim o que bem querem
o monstro do lago chega perto de mim
e filosofa ao pé do ouvido
visite o brejo mais próximo da sua morada
e devolva cada sapo que você engoliu
com juras de amor e correção literária



* Marcos Fabrício