República do Pensamento

PF

Comer na rua é sacar que prato feito
tem um jeito todo especial de ser composto
Uma montanha de arroz com aquele feijão maravilha
dividiam a paisagem com uma saladinha
a título de desencargo de consciência.
Monumental na passarela do prato
o bife dos zoião desfilava triunfante.
Acebolando relações em um tempero apimentado,
a gente dava um chega pra lá na frescura.
Um comia, de olho no filé do outro. E vice-versa.
A boca cheia de tudo é tudo de bom.
Não tem refeição melhor do que rasgar o verbo com farofa.

* Marcos Fabrício