PEQUENA VOZ
não me ouves, mulher morena
não me notas, pequena voz
eu que fico à margem
sem nenhuma coragem
de te dizer tão pouco
rouco, a sós
não me curves, mulher serena
não me prives, morena aos sóis
eu que cedo à vertigem
sem elos, sem origem
a fazer com que progridam
olhares, gestos, bares...
tão pouco, sem nós
* Luiz Cláudio Pimentel
<< Página inicial