República do Pensamento

TREMOR DE TERRA

Zanzando pelo palco terrestre,
e tendo o céu como testemunha,
coração e cabeça tricotam,
enquanto os pés me levam
ao grande sertão da tua alma.

Como água quero alimentar tuas raízes
e nas veredas recortar tua imensidão.
Como chão receber a beleza do arco-íris
e, suspenso no ar, emocionar o teu coração.

Te convido para dançar, Diadorim,
na noite do meu corpo.
Nossa música de fundo será
um tremor de terra.

Do sempre seu, Riobaldo.

* Marcos Fabrício