República do Pensamento

FIM DO POEMA


Acabou a paciência.
Coração bambo
Beija a lona.
Estou cansado de ser mico de circo.
Palavras mal fazem cócegas no que sinto.
Escuto britadeiras ambulantes,
receitas de bolos intermináveis.
Mas, é a tua indiferença
que me mata,
meu iaiá que me faz de ioiô.
Pensar na saída
Quando não quero mais entrar
É foda até pro Freud explicar.
Amo a menina mulher
Que insiste em ser mulher menina.
Um soco do destino?
Salvo pelo gongo!
Fim do poema.


* Marcos Fabrício