República do Pensamento

elementaridades de minha musa

que seja passageira
estável, não estrangeira
louvável, não rampeira

que cumpra o seu papel
sem alarde, vergonha ou Credicard
que faça o que deve ser feito
de tarde, sem fronha ou modo standard

que seja brasileira, não global
seja mineira, não igual
a tantas, às tontas
que plante as pontas dos pés, nessa estação.

que não passe ligeira
nem tenha tremedeira
nem sequer poeira
do diadia seguido

quem sabe? aventureira
porquê não? costureira...
do maltratado, ali, à beira,
leve coração sentido

que seja brasileira, não global

seja mineira, não igual
a tantas, às tontas
que plante as pontas dos pés, em meu coração.

* Luiz Cláudio Pimentel