República do Pensamento

CABOCLA BRASILIANA


corro w3 de distância
para te encontrar na l2 amada
atravesso o eixo por baixo
e fico por cima vendo meu avião passar
voo nessa aquecido pela tua brasa
meu lado ilha se foi com a névoa seca
monumental tua entrada em minha residência
fomos um paranoá do outro
beiramos o lago à espera do pôr do sol
arquitetamos morar nos galhos do cerrado
apaixonados comemos pastel na rodoviária
fizemos tim-tim à base de caldo de cana
minha cabocla brasiliana
sou teu candango do centro-oeste
teu calor pilota meu plano
não existe seca quando se tem amor
estabilidade é sentir em torno de nós
a umidade absoluta do bom clima
nosso amor merece um mergulho na piscina de ondas
vamos dançar na chuva em plena esplanada
ao sabor da água mineral


* Marcos Fabrício