República do Pensamento

EXCESSIVA


lombras, boites, sombras
cobram a noite de ti
a olheira que tange teus sentimentos
a orelha, doideira que se alastra em ti


comedido
ardido açoite,
traço que ousa vazar de mim


excessiva
ardida pose, fosse!
tuas ancas e teus closes que soçobram
me esnobam, doces


alarido
bandido-pose, pistola
que tento desenterrar de mim


lasciva
fervida hipnose, dose!
te espancas e te contorces tanto que acusas
me usas, agridoce.

* Luiz Cláudio Pimentel