República do Pensamento

A memória dá boas gargalhadas
quando os bons tempos
não vão se embora com o esquecimento.

O que valeu a pena ser vivido
não merece ser aposentado
no arquivo de alguma situação já experimentada.

É tanto amor solto pelos encontros
que sai pelos poros da fantasia
a realização plena do passado
que enche de orgulho o presente
na arte de reinventar o futuro
conforme o sabor das necessidades
traduzidas no mel do melhor prazeroso.

Desejamos tantos arco-íris viajantes
no intuito de não estacionarmos
em ocasiões nubladas.
São tantas chuvas
no arcabouço dos ciclos da vida
que o sol mesmo assim aparece
lembrando que a flor
não se resume aos espinhos.
Os momentos trabalhosos
nos fazem frutíferos.
A diversão é o manancial de sorrisos.
Vamos relaxar
que o gozo revela
a graça simpatia das raízes.


* Marcos Fabrício

(poema inspirado pelo reencontro dos amigos de Ceub, no Restaurante Peperoncino, da amiga Lilian Pellicione)