República do Pensamento

quero minha inércia sem gravidade
sair pra pescar sendo a própria isca
sem honras nem horizontes na pista
iluminar palavras que não me acham
errar perfeitamente como os apaixonados
curtir aos montes um guizado de conflitos
amanhecer de noite beijar na boca do risco
com pedaços de mim me surrealizo
meu verbo tem sabor de fruta bandida

* marcos fabrício