AURORA
Oh! que saudades que tenho
da Aurora da minha vida
da minha paixão querida
que não volta nunca mais
Ontem amor, hoje tantos ais
Naquelas noites acesas
à sombra dos coqueirais
a gente colecionava "selinhos" e muito mais
Como são eternas as noites
do despertar da chama
Transpira o corpo ardência
Como perfume a dama da noite
O mar fica até doce
O céu não é mais o limite
O mundo abraça o luar
A vida - um chorinho de amor
Que Aurora, que mulher menina
Que pele, textura fina
Naquele sorriso carismático
nosso amor saía do armário
e fantasiava até os infelizes
O céu abarrotado de estrelas
brilhava menos que os olhos dela
Quando fazia onda com a minha cara
espantava sempre a maré brava
Oh! noites encantadas
Hoje noites de terror
Aurora é a música que se repete
na vitrola do meu coração
Suas lindas mãos não mais tocam
as cordas do meu violão
Sou um canário aposentado
na gaiola da solidão
Aurora era o meu chão
Hoje ela é o meu céu
Oh! que saudades que tenho
da Aurora da minha vida
da minha paixão querida
que não volta nunca mais
Ontem amor, hoje tantos ais
Naquelas noites acesas
à sombra dos coqueirais
a gente colecionava "selinhos" e muito mais
* Marcos Fabrício
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