República do Pensamento

DANÇA DAS CADEIRAS

fui menino nos braços de uma mulher
faísca acesa fazendo fogueira cheio de corda
nos dedilhados toques a mapear o violão
o tom dela em meu acorde acordou a melodia
palmo a palmo trilhando o mapa da mina
fruta à vista paladar a prazo encontro marcado
marcante abraço ligações de pernas a bailar
naquela dança das cadeiras a solidão ficou sem lugar


* Marcos Fabrício