FALAR NADA
Surpreendente é essa vida da gente
Uns dias frios outros quentes
Mas meu coração sempre ardente
Pulsa na pele uns arrepios dormentes
Coisa vinda de longínquos passados
Um silêncio de falas e sentimentos
A maior das nossas incoerências
Antes da palavra, ausência
O antigo sangue corre nas veias
Não precisamos falar nada, acho
A consciência talvez seja um tipo de estado natural
E a matéria, apenas pedra
Nos hospícios, a mente desmente
A consciência plena do saber que vivo
Traz consigo a verdade do mundo aparente.
* Gustavo Lucas